Como não podia ser diferente, a Audiência Pública realizada pela Câmara Municipal de Parnamirim, na segunda-feira (31), que discutiu as mortes de bebês na Maternidade do Divino Amor, em Parnamirim, teve grande participação popular e muita emoção nos depoimentos dos envolvidos.
A proposta da audiência foi dos vereadores Gabriel César, Thiago Fernandes e Jonas Godeiro, e contou com a participação do secretário de Saúde, Rogério Gurgel; da diretora geral da Maternidade Divino Amor, Walquíria Oliveira; e da ginecologista obstetra especializada em reprodução humana, Kyvia Bezerra Mota.
Thiago Fernandes destacou a importância do debate: "Aqui, vamos ampliar a discussão. Convocamos esta audiência para entender o que está acontecendo e, juntos, encontrar soluções para os problemas", declarou.
A diretora geral da Maternidade Divino Amor, Walquíria Oliveira, disse do comprometimento e a responsabilidade dos profissionais da unidade.
As mães
Mas, a fala de Gisele Oliveira, uma das mães que usou da palavra na audiência emocionou a todos. O caso dela aconteceu em 2016. Gisele pediu mais empatia por parte dos profissionais.
"A gente não tem provas, porque a gente não entende. Nós somos leigas. Por que o obstetra não chega e diz: "Mãezinha, o seu caso é esse? Pode acontecer isso ou aquilo". Ou quando acontece a morte, ele não chega e explica: "Aconteceu por isso, isso e isso", disse.
Ao final da audiência, dra Walquíria disse que "toda a equipe se solidariza com as mães aqui presentes" e .enfatizou os esforços para implementar todas as melhorias possíveis na Maternidade que é referência no Estado.