A cidade de Mossoró, no Oeste Potiguar, é a 11ª cidade com mais de 100 mil hab mais violenta do país. Os dados são do Atlas da Violência 2024 divulgados nesta terça-feira (18).
O levantamento foi elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). São Gonçalo do Amarante, na 24ª posição e Parnamirim, na 124ª posição, também estão relacionados na lista.
Natal com 277 homicídios, em 2022, ocupa a 11ª posição como mais violenta entre as 27 capitais.
A Região Nordeste foi a mais violenta do Brasil, com o RN ocupando a 4a posição na região. As cinco cidades mais violentas do país, com mais de 100mil hab, se localizam no estado da Bahia. As UFs mais violentas situam-se nas regiões Norte e Nordeste.
"São quatro os municípios do Rio Grande do Norte (35,5) com mais de cem mil habitantes: Mossoró (64,3), no Oeste Potiguar; São Gonçalo do Amarante (54,4), no Leste Potiguar, próximo à capital; Natal (36,9); e Parnamirim (27,7), vizinha à capital. Ao estado pertence a maior taxa municipal do Brasil, mensurada pelas sete mortes na cidade de Taboleiro Grande (299,4), com pouco mais de dois mil habitantes. O estado, que se insere entre os principais na rota do tráfico de drogas do Brasil para Europa e África, tem longo histórico de crises no sistema penitenciário, origem de grande parte da organização criminosa potiguar, cuja predominância pertence ao Sindicato do Crime (SDC). O grupo, apontado como a maior facção do Nordeste contra o PCC, foi criado por dissidentes deste último em 2012. RN teve sua maior taxa de homicídios em 2017 (67,7). A partir de então, houve uma série de reformas nos presídios, com construção de novo pavilhão, melhorias arquitetônicas, aumento da quantidade de câmeras de monitoramento (passaram de três em 2019 para mais de 1.400 em 2022), limpezas e aumento no nível de segurança, reduzindo drasticamente o número de celulares que entravam nas prisões, o que pode explicar a tendência de queda nos homicídios observada de 2018 a 2022", diz o documento.