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A madrugada deste sábado, 21, trouxe um sinal de alerta para a Voz dos Oceanos. Por volta das 5 horas da manhã (13 horas no Brasil), a tripulação reportou à equipe de terra da iniciativa que, mesmo tendo zarpado de Fiji antes do primeiro ciclone da temporada, a navegação foi acometida por mar revolto e ventos extremamente fortes. A intensa manifestação natural deixou consequências e foi identificada preocupante entrada – então, controlável – de água na área interna da embarcação. Foi localizado um dano na região próxima a quilha do veleiro, permitindo essa entrada contínua. Rapidamente, o capitão Wilhelm Schurmann e a tripulação adotaram medidas de contenção da água, incluindo a instalação de bombas extras para retirada de água do interior do veleiro.

O vazamento segue administrável e o veleiro está a dois dias da terra mais próxima: justamente a Nova Zelândia, destino final da primeira etapa da Voz dos Oceanos. Os ventos extremamente fortes também rasgaram uma das velas da embarcação e, desde então, a travessia vem sendo ministrada de forma cautelosa. Veleiro e tripulação vêm sendo monitorados 24 horas pela equipe de terra da Voz dos Oceanos e ainda pelo Rescue Coordination Centre New Zealand (RCCNZ) – órgão responsável por resgates marítimos próximos ao país, para eventual necessidade neste sentido.

Apesar da tensão natural da situação por si só, os seis tripulantes encontram-se bem, unidos e confiantes, sob a liderança do experiente capitão Wilhelm que, além de ter crescido no mar, conta com mais de 40 anos de experiência. Para ele e sua mãe, Heloisa Schurmann, uma das líderes da Voz dos Oceanos também a bordo do veleiro Kat, esse momento remete ao maior desafio enfrentado em 4 décadas de navegações. No início dos anos 1990, durante navegação da Nova Zelândia a Tonga com a primeira volta ao mundo da Família Schurmann, a tripulação ficou praticamente à deriva, após uma tempestade causar a perda dos dois mastros da embarcação. Esse fato ocorreu na mesma região, porém, em sentido contrário ao da atual travessia.

Vale ressaltar que a navegação Fiji – Nova Zelândia segue com serenidade e, acima de tudo, segurança. A bordo, a tripulação se reveza em turnos, atenta, e mantendo as equipes de terra da iniciativa e do Rescue Coordination Centre New Zealand (RCCNZ) informados e em alerta para eventuais medidas extras necessárias.

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